Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

terça-feira, 7 de abril de 2015

AS FLORES EM NOSSAS VIDAS

FLORES QUE ENCANTAM



As flores perfumam a humanidade desde as mais remotas eras. Constituem-se, no aspecto emocional, em significativas referências  para o gênero humano. Os melhores e mais belos sentimentos iluminam os espíritos a partir da visualização de um campo florido, de um jardim primoroso, de um ramalhete bem montado, de uma flor solitária...O que dizer então da delicada floração da cerejeira?


Aos sensíveis pouco importa, no momento de sua inspiração, se o que vê é uma sofisticada orquídea, uma misteriosa tulipa, um lírio do vale, a romântica rosa, coloridas flores do campo ou mesmo a exótica "lágrima de Cristo". O perfume das flores e delas extraídos, fazem parte da evolução da humanidade. Do amassar de pétalas às mais extravagantes misturas de flores, às essências e os óleos escravizaram corações, perpetuaram amores, aveludaram corpos e camuflaram terríveis venenos. 



Elas, as flores, estão presentes nos imaginários paraísos, nos perfumes, no amor, na dor, na alegria, na tristeza, na música, nas joias, na literatura, na pintura, na poesia, no teatro, no cinema, na TV, nas comemorações, nas provocações, nos insultos e nos galanteios, na vida e na morte. As flores, com suas formas delicadas e frágil existência, povoam até a gastronomia, terreno onde, para muitos, significam estranheza.


A pintura, a poesia e a música são, talvez, as mais majestosas formas de se dar vida às flores, enquanto expressão de sentimentos, paixões, dores e amores. Os amantes percebem o perfume dos corpos amados,  exalados que são, do âmago de suas paixões, como se diante das mais raras flores. Tais criações representam a sensibilidade que cada um tem dentro de si. 



As flores motivaram ou emprestaram, suas formas e beleza, à geniais compositores. Desse emprestar nasceram  as mais belas letras de nosso cancioneiro. Presentes no cotidiano das pessoas, de forma marcante, elas são essenciais à perfumaria. Sonhos, aromas, lembranças e desejos, tudo isso e muito mais pode ser despertado por uma flor. E até nossos filhos e filhas, Narciso, Jacinto, Girassol, Rosa, Hortência, Margarida, tudo tem nome de flor



Quem não se emociona com o genial Cartola? "Queixo-me às rosas Mas que bobagem As rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti, aí..." E o que dizer de "ROSA" de Otávio de Souza e Pixinguinha? "Tu és divina e graciosa Estátua do amor! Por Deus esculturada. E formada com ardor Da alma da mais linda flor  De mais ativo olor  Que na vida é preferida Pelo beija-flor." Dá até para sentir o perfume no ar.


Mas, não é privilégio apenas dos jardins bem cuidados, estruturados ou não, ostentar belas flores. Também não o é das fazendas dedicadas a esse cultivo, tão ao gosto atual. A beleza, as cores, o perfume e o encantamento  que a presença delas costuma repercutir na natureza humana, acontecem, repetidas vezes, quase que por acaso, nos locais mais diversificados e, até inimagináveis. Quem não tem curiosidade de chegar mais perto para ver " a flor do cacto" que nasce sobre íngremes lajedos?


A essa altura me surpreendo, ainda, por constatar que leiga no assunto, poderia falar, incansavelmente,  sobre flores . Lembrar que por vezes se apresentam em formas simples como a pequenina "carinho de mãe" ou rebuscadas, como a frágil "orquídea". Simbolizam e refletem um despertar para a magia e suavidade, que a natureza nos oferece. Podem significar momento ímpares de beleza e amor. Infelizmente, também enfeitam a dor, a saudade, o adeus... 


Há flores nas ruas, nos campos, nas calçadas, sobre pedras. Igualmente podem estar suspensas, cravadas na terra,  a descoberto, às escondidas, nas águas... Olhar, atentamente, a natureza, pode nos proporcionar gratas surpresas e belas imagens. Um verdadeiro deleite, aos espíritos  contemplativos, também está à disposição de distraídos transeuntes nas ruas. Parar, buscar, vasculhar com os olhos da alma pode nos proporcionar gratas surpresas, quem pode esquecer a floração dos ipês? A beleza dos Parques? Os tesouros que se escondem nas matas?


Mas, quem diria, as paredes, os portões, as janelas, uma garrafa, um cesto inservível, uma telha, um carro aparentemente descartado... qualquer objeto pode servir de amparo à explosão de belas flores. A imaginação, a natureza, andam de mãos dadas. Assim, colorida, livre, leve e perfumada é a ocupação dos espaços pelas flores. 


Mundo animal e vegetal se completam. Inegável a delicada simbiose dos pássaros com as flores. Como ficar imune ao hipnótico movimento do beija flor? Sua plumagem iridescente e o reflexo do brilho do sol sobre seu corpo? O ato de alimentar-se do néctar em pleno voo,  a polinização de outras flores potencializando o surgimento de novas plantas? Tudo num sincronismo de causar inveja a cérebros brilhantes. 


As flores também fazem parte do culto ao sagrado. É comum vermos imagens dos santos a que reverenciamos com adornos florais. Nossa Senhora é representada, muitas vezes, com o apelo visual e afetivo que envolve as flores.  Temos Nossa Senhora da Rosa Mística, com rosas que não só estão no seu nome, mas e também na figura utilizada em seu louvor.



As flores, belas ou não, com perfume, sem perfume, minúsculas, pequenas, grandes, gigantes,brancas, vermelhas, azuis, amarelas...pouco importa, são e serão sempre um capítulo há mais no universo dos sentidos.

A SEMPRE-VIVA
A  FLOR DO CACTO ENTRE ESPINHOS
O IPÊ BRANCO
A FLOR DO MARACUJÁ

O MIOSÓTIS, SÍMBOLO DA FIDELIDADE
O INESQUECÍVEL JASMIM VAPOR
O IBISCO
A DESCONCERTANTE ORQUÍDEA NEGRA
A  SUAVE AÇUCENA
TODAS ESPERAM E NECESSITAM. DE ÁGUA

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