Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

POR QUE NÃO TE CALAS ?

PARAFRASEANDO




Algumas pessoas têm a infeliz prática de cuspirem sobre os que os cercam suas mais sombrias cogitações e seus infortúnios. As vésperas das celebrações mais importantes das civilizações Ocidentais e, de alguns países do Oriente, convivemos com o desatino oportunizado por  criaturas que repetem ciclos ao longo de suas historias. (Imagem: blogdoBenet)


Não é desconhecido que algumas frases infelizes sobreviveram aos seus pseudo autores. Mito ou realidade, se houve ou não a mal fadada verbalização, igualmente, se desconhece arrependimento. Apenas os "ilustres" cultores da vaidade, crédulos de que eram donos absolutos da verdade,  poderiam responder, cada um a seu tempo. (Imagem: biografando.blog)


Narcisista e apaixonado, John Lennon protagonizou uma célebre e curiosa polêmica com sua declaração: "O cristianismo vai desaparecer e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e eu vou provar. Nós somos mais populares que Jesus agora. Eu não sei qual será o primeiro - o rock 'n' roll ou o cristianismo. Jesus estava certo, mas seus discípulos eram grossos e ordinários." (Imagem: Fineartamerica.com).



"Somos mais populares que Jesus Cristo". Corria o ano de 1966, a infeliz construção baseada na carreira do conjunto musical que liderou a música popular de 1962 a 1970, criando o contexto conhecido como "Beatlemania" , parece marcar a derrocada do grupo que separou-se em 1967.  (Imagem: dev.snocassino.com)


 Num ambiente competitivo ( Yoko Ono versus Paul, George e Ringo), onde a genialidade deu lugar ao endeusamento próprio, ao culto de um amor que renegava o que o tornara um  Beatle, John sucumbiu vítima de um mundo moldado segundo sua visão existencial revelada numa de suas mais reproduzidas canções: "imagine que não houvesse nenhum país...Não é difícil imaginar...Nenhum motivo para matar ou morrer...E nem religião, também. (Imagem: lostmetalblog.com).



 As teorias buscando explicar o que aconteceu, oscilam entre o casuísmo, a CIA e o FBI, conspiração de autoridades americanas, o MI5 - oficialmente designado Security Service (Serviço de Segurança), que é o serviço britânico de informações (ou inteligência) de segurança interna  e, também, para os mais pios, um castigo dos céus por sua blasfêmia... (Imagem: oquetodomundoquerfalar.com)



Famosa e igualmente demonizada, a suposta frase atribuída a Thomas Andrews (o construtor) e engenheiro chefe do Titanic de que "Nem Deus pode afundar este navio". Pronunciada ou não, a frase, sobreviveu à tragédia ocorrida em abril de 1912, o navio afundou e levou consigo a vida de mais de 1.500 pessoas nas águas gélidas do Atlântico norte, passou a história como um dos mitos que cercam o maior dos naufrágios até hoje registrado. (Fonte. VEJA)


Envolvendo o horror do acontecimento,  sobressai o  Capitão Edward John Smith que comandava  o transatlântico e cuja história pessoal diverge completamente da roupagem heroica,  retratada pela sétima arte. Além das falhas do Capitão, apontadas por estudiosos do assunto, avulta a ideia de que houve insulto ao sagrado e castigo à soberba. (Fonte. VEJA)


Guardadas as devidas proporções, o Brasil tem se deparado com  espetáculos grosseiros, protagonizados por pessoas públicas que aviltam, vulgarizam sua condição de cidadãos e de indivíduos públicos, mostram-se inadequados, pondo em dúvida a credibilidade das instituições a que pertencem e bem assim àquelas cuja competência constitucional lhes outorgam a vigilância da Lei, da Ordem e dos Bons Costumes. (Imagem: acidblacknerd.wordpress.com)




O cenário de tais espetáculos pode ser a Tribuna, os palanques, as impensadas, apressadas e desinteressadas respostas a jornalistas e ou,  insultos dirigidos a pares.  Assistimos horrorizadas - dirijo-me as mulheres por serem alvo potenciais de tal vilania -, recentemente (3ª feira),  na  Câmara Federal, em plenário, o Deputado Jair Bolsonaro, GRITAR  que não estupraria a Deputada Maria do Rosário "porque ela não merece". (Imagem: escrevalolaescreva.com)




O que se dizer de tão indecorosa conduta? O que justifica tamanha violência e desprezo contra a figura feminina? O que se esconde por trás de tanto descrédito à instituição da qual faz parte o ultrajante parlamentar? Até quando a cidadania brasileira vai ser desrespeitada  pela incitação, apologia ao crime sexual, dentro de uma de suas casas Legislativas? (Imagem: blogsidcerveja.com).



Quem é Jair Bolsonaro? O Deputado que demonstrando total falta de decoro referiu -se acintosamente à colega e, posteriormente, TENTOU JUSTIFICAR SUA CONDUTA COM A ESTAPAFÚRDIA DECLARAÇÃO DE QUE APENAS REPETIRA O QUE JÁ DISSERA, reiterando ao Jornal Zero Hora: “Ela não merece porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece.” ( Imagem: nicepinheiro.com.)


Não se pode dizer que é um novato. Que desconhece regras básicas de posturas sociais e parlamentar. Está no sexto mandato. Polêmico, dono de uma visão pessoal retrógrada, ganhou visibilidade com manifestações favoráveis a homofobia, racismo, sexismo, discussões atribuladas com o Deputado Jean Wyllys e uma suposta  agressão ao  Senador  Randolfe Rodrigues, além de insultos e discussões a professora e sindicalista Marinor Brito. Isso no âmbito daquilo que tem repercussão...(Imagem. gq.globo.com)


Certamente está muito longe de ser um homem comedido, cavalheiro. Também não nos parece que represente o pensamento da sociedade brasileira ou de gênero, quer masculino ou feminino. Me lembra figuras sinistras de alguns filmes, perdidas entre a  realidade e o mundo que projeta ao seu bel prazer. (Imagem:carcara-ivab.blog.com).


Como cidadã me questiono, ainda, se, entre tantos  dissabores e desenganos,  teremos que "engolir de goela abaixo" um deputado federal que incita publicamente o estupro, despreza as mulheres, zomba de seus pares  e ainda se dá ao desfrute de conceder entrevista repetindo a infâmia?  (IMAGEM: alinesetenta.blogspot).


A sociedade brasileira chora diariamente as vidas perdidas, as mulheres, as meninas, as crianças vítimas de estupro no seio de suas famílias, no círculo de amizades dos adultos, na  constante atuação de pedófilos. É claro, Jair Bolsonaro não deve ter vivido um drama como esse. Se houvesse experimentado a dor de uma mãe, de um pai, de um familiar ante um acontecimento tão doloroso, com toda certeza não falaria assim. E se o fizesse sequer conheço palavras que o qualificasse POIS ESTARIA MUITO ALÉM DA INSENSIBILIDADE. (Imagem:noticiasdaterra.com).

             

Que cérebro e esse que insiste em deletar tristes imagens. Não posso olvidar, minha memória está bem viva. ¿POR QUÉ NO TE CALLAS? Serviria bem melhor ao teu país e traria alívio aos teus pares com a ausência de tuas desastrosas  declarações. O Rei Juan Carlos bem poderia nos favorecer e visitar a Câmara Federal repetindo, com calma e ao mesmo tempo firmeza.    ¿POR QUÉ NO TE CALLAS? (Imagem: mimosoinfoco.com)

E, como diria meu Pai, ELE, O DEPUTADO, colocaria a viola no saco e iria pensar sobre suas asneiras fora dos olhares daquelas que foram vítimas de tão atroz acontecimento.

 

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