Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

TRATAMENTO DE CHOQUE



POLÍTICA


Assusta-me, verdadeiramente, a capacidade dos seres humanos de extrapolarem todas as possibilidades de reações plausíveis, em favor de seus projetos pessoais. Invariavelmente tais situações espelham a busca pelo PODER ou a manutenção das pessoas em condições de mando. Nesse universo nada se iguala ao jogo Político. A dança das cadeiras.

É comum pessoas adormecerem potenciais candidatos e acordarem escorraçados de seus refúgios eleitorais ou mantidos se, e somente se, concordarem com todas as negociações realizadas furtivamente, às caladas da madrugada. Sempre é assim. Não há inovação. Permanece a velha cultura de que um "inimigo convertido" é infinitamente mais importante e confiável que um companheiro de longas datas e com quem se realizou caminhadas gloriosas.


Falar em "INIMIGO CONVERTIDO"  não é força de expressão. Em Política as metas estabelecidas, de tão ferrenhas, assemelham-se à salvação apregoada pelas Religiões. Permanecer ou chegar ao PODER não tem preço. Vale tudo. Aquela criatura anteriormente desnudada como vil, torna-se, de imediato, virtuosíssima. As realizações ditas inexistentes ou inacabadas transformam-se em pendores administrativos dantes nunca vistos. A cortina de fumaça estende-se como uma panaceia capaz de eliminar todos os males.


As alianças, por mais estranhas que se possa perceber, recebem tratamento semelhante à blindagem e que as tornam anti choque, anti arranhões e anticríticas. Nada parece ter o condão de atingir os pseudos "novos-sempre-antigos-grandes-invejáveis e inoxidáveis" companheiros, sobretudo nos quesitos moral e ética.  No Brasil, efetivamente nada se cria, nada se perde, tudo se transforma no melhor estilo "Lavoisiano".


Mas o que me faz sair de um marasmo atemorizante e ser tomada por uma avalanche de ideias? O que produz esse atropelo em minha alma que se alvoroça e assume uma postura inquietante? A dança das cadeiras não é, sequer por um segundo, novidade para mim ao longo de meus 61 anos de vida  e,  muito menos,  para os meus 31 anos de serviço público.  Também não posso me arrogar a condição de noviça para os casos de puxões de tapetes, aqueles em que o cidadão perde o contato com a base onde se encontra confortavelmente posto e, de supetão, foge-lhe o chão, perde a segurança e vê sumir, por assim dizer, a sua zona de conforto.


É como dizia o filósofo Heráclito de Éfeso, para quem tudo flui: "Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado; por causa da impetuosidade e da velocidade da mutação, esta se dispersa e se recolhe, vem e vai."  Pobres PRÉ-CANDIDATOS que depositam sua confiança, seus interesses, sob os ombros e cabeças doutros, preocupados tão somente consigo e com seus desejos. Melhor fariam, esses coitados, se acreditassem no " DEVIR EM OPOSIÇÃO AO SER".


Talvez  com o devir se tornasse mais provável a concretização de  aspirações,  sonhos e/ou até mesmo "naturais" candidaturas, leia-se: reeleição  a cargos eletivos já exercidos. Lembrar que o caminho que leva ao topo é o mesmo a ser utilizado para a descida mostra, inexoravelmente, quão impessoal é a lei da "natureza humana", claro, segundo a qual o PODER QUE NÃO PODE, NÃO É PODER.


Traduzindo: vale tudo para ganhar eleições. Pacto com o diabo - o Político que era opositor; acordo com a velha senhora - aquela que vivia sendo colocada de molho em suas pretensões políticas; conluio de  última hora com o partido até então escrachado - os líderes não mereciam confiança. Como diria um velho Político Paraibano, dessa feita olhando também o  cenário político nacional: é chegada a hora da traição.


Salvem-se quem puder!

domingo, 8 de junho de 2014

MARIA O SIM EM FORMA DE MULHER


O QUE NOS DESPERTA ?



Esse mundo virtual, rápido, com informações validadas e superadas a cada segundo, tem suas ilhas de remanso sedimentadas em situações que  parecem ter nascido conosco, nos acompanham por toda a vida e que, com certeza, queremos ter como nichos de verdade e consciência, pairando sobre cada um de nós por toda a nossa vida. Assim a Fé, o Amor, a Veneração trazem Maria ao nosso dia a dia, aparentemente sem justificativa, ante a explosão de gratidão, respeito, devoção, partindo de sua declaração universal.


Sempre ouvi falar sobre o SIM de MARIA. Um consentimento, um assentimento, uma radical e incondicional abertura para outra vida. Uma ascensão qualitativa jamais alcançada por qualquer mulher. Mas quem era a virgem que  proclamou o SIM? Quem foi aquela, entre todas as mulheres a escolhida? Descendia de reis? Morava em palácio? Usava bela joias a adornar e realçar sua natural beleza? Não, não foram esses os requisitos que a tornaram preciosa, cheia de graça.


O que fez Maria digna da Saudação de Gabriel? Qual o mistério que tornou-a a virgem das Sagradas Escrituras, aquela que conceberia o Filho do Altíssimo, o Salvador, Jesus o verbo de Deus feito Homem? Que forças conduziram Maria a intitular-se "serva do Senhor”, colocando-se plena e totalmente  sob o comando do que lhe era informado? Por que assumiu uma postura a um só tempo obediente e decisiva? Qual o peso para a humanidade das sentenças proferidas: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra.
 

Em Maria nada é sem sentido. A missão de Mãe sublimou sua passagem entre nós. O mundo não mais poderia ser visto como fora até então. Um marco fantástico surgira para todas as nações com a Anunciação. Eis que se noticiava a contagem regressiva, o relógio atrasado que serviu de sinal ao Verbo encarnado.


 A mãe do SALVADOR,  sua essência resume-se numa só palavra que traduz e dá sentido ao existir: AMOR, nele a vida da escolhida se encadeia numa simplicidade a toda prova, ofertando o único meio que possibilita à generosa Mãe decifrar os mistérios da vida, buscar  compreender os mistérios da morte, aceitar os desígnios do alto e tornar-se a Mãe de toda a humanidade.

A Saudação nos deu uma das mais belas  Orações do Cristianismo:



AVE MARIA

Ave Maria cheia de Graça.
O Senhor esteja convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres.
Bendito é o fruto de vosso ventre Jesus

Santa Maria Mãe de Deus.
Rogais por nós pecadores
Agora e na hora de Nossa Morte Amém

SUA RESPOSTA, O MAGNIFICAT - UMA DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA E FÉ.





"A minha alma glorifica ao Senhor
E meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
Porque olhou para a sua pobre serva.
Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas, aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua Misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço:
Desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
e despediu  de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua posteridade, para sempre."  

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo.
Assim como era no princípio, agora e sempre,

por todos os séculos dos séculos  Amém. 
(Lucas 1, 46-56)
 


Que Nossa Senhora nos cubra com o seu manto de Amor e Paz.