Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

DROGAS NÃO


RENASCER NO ESPORTE!

 
As drogas nunca estiveram na mira de minhas abordagens, pela terrível carga emocional que evoca sofrimento, lembranças, dores. Todavia, dois fatos fizeram com que eu vencesse minha natural aversão e colocasse preto no branco, com algumas considerações. Gosto de ouvir rádio. Uma entrevista levada ao ar pela CBN me chamou a atenção de maneira muito positiva. Jornalistas entrevistavam um maratonista brasileiro, que mesmo sendo amador registra índices e tempo olímpicos. Parecia algo corriqueiro, entretanto, alguma coisa disparou um alerta em minha já aguçada atenção. Ouvi a frase: “viciado em drogas pesadas”. EPA!!!!!!!!


Não reprimi meu interesse no que pudesse ser revelado por aquele jovem de voz clara, grave, que falava em tom baixo e pausado. A jornalista pediu ao entrevistado que falasse sobre o seu problema com as drogas. Num relato cheio de emoção foi dito que por 10 (dez) anos o maratonista se debatera entre drogas pesadas como cocaína, heroína, crack e a necessidade de largar o vício. Uma guerra, travada com os temperos da depressão, vergonha, ira, sensação de frustração, desespero. 


Um dia a decisão era deixar o vício, isso, quase sempre ao término da euforia, da liberação propiciada pela droga, na hora da ressaca moral e consequente observação da destruição continuada de seu corpo, no outro já havia esquecido o seu propósito. Às vezes a decisão durava apenas 1 (um) dia. Tudo recomeçava e aparentemente mais forte. Entretanto, a idéia de livrar-se do vício parecia tão persistente quanto à de permanecer nele. Assim, oscilando entre o céu e o inferno, numa crise de abstinência, o jovem simplesmente correu, correu, correu. Corria para preencher um vazio, uma angústia má conselheira e uma necessidade inadiável de drogar-se.


O que fazer com aquele corpo vazio, aquela mente divagando, aquele desejo cada vez mais crescente? Não havia receita válida, não havia placebos. Nada preenchia aquela lacuna. Mas, sem o interessado se dar conta a corrida começou a tomar espaço em sua vida, a restabelecer vínculos, a recuperar sua individualidade. O que era uma guerra tendia a tornar-se uma situação com um cenário mais positivo. Ainda não tinha entendido a dimensão do que estava acontecendo. Angustiava-se diariamente sob o peso da idéia de não resistir, recair e, novamente debater-se entre a vida e a morte.


Vagando, mas  já interessado pela corrida resolveu entrar numa palestra de uma instituição que se dizia anônima. Naquela ocasião se apercebeu, de algo que o tocou profundamente e deu novo contorno às suas dificuldades, a partir duma colocação levada à plateia. O expositor, que abordava dificuldades com drogas, asseverou aos presentes que “ cada batalha dura apenas 24:00 h”- a frase foi mais ou menos essa.
 Analisando e conjecturando consigo o então "corredor das ruas" passou a registrar sua necessidade de dizer diariamente não as drogas, ou seja: cada dia com sua resistência, uma  vitória em doses homeopáticas e comemorada a conta gotas, à semelhança do conhecido PHN - Por Hoje Não - significando por hoje não vou pecar mais. Assim cada dia de lucidez deixava a corrida mais interessante, a vida mostrava que o dia de ontem se fora, o dia de amanhã ainda não existe e HOJE É O DIA DA LUTA.

Confesso que chorei, para mim foi algo mágico. Pelo que vi e ouvi até aquele momento não encontrei nada que se assemelhasse a essa garra, esse chamado maravilhoso de um esporte individual, nesse doloroso universo de enfrentamento diário. Até o presente os resgates de que tenho notícia sempre estiveram profundamente ligados à Religião e/ou Família, ou ainda ao surgimento de um grande amor. 


Por questões éticas deixo de registrar o nome desse guerreiro do bem. O seu nome, o seu rosto não são indispensáveis; o que realmente tem que ser reverenciado é sua humildade aliada a sua incontestável força moral. Parabéns campeão. Sua medalha é uma vida digna onde você é alguém que se encontrou com a liberdade recusando todas as algemas, independentemente de belas, emocionantes e supostamente convidativas apresentações. 


Ainda não havia digerido o impacto da entrevista quando, num segundo momento me assustei ante uma reportagem que mostra, um de nossos vizinhos, como um  dos maiores produtores de maconha da América do Sul.  O Paraguai, que tem no Brasil seu mais forte aliado, seja pela facilidade de acesso na fronteira com o qual se limita a Sudoeste, seja pela receptividade dos traficante brasileiros.


A reportagem com a Polícia Federal e Funcionários Paraguaios, veiculada pelo Fantástico nesse Domingo, 23 de fevereiro, esclareceu, também, que o País limítrofe destina   80% (Oitenta por cento) de toda a droga ali produzida ao mercado brasileiro e, especificamente, à Brasília. Chocante, a Capital Brasileira por mais que acreditemos que não mais poderá nos surpreender, eis que, mais uma vez o  consegue. Além de palco para absurdas e degradantes situações políticas,  empunha a faixa de principal compradora da droga Paraguaia.



Mostra a matéria que numa ousadia a toda prova os traficantes Paraguaios plantam maconha, camufladas entre as árvores, também em fazendas particulares, impondo-se aos proprietários que não têm condição de enfrentamento para resistir a invasão de suas terras. Armados com armamentos modernos e de alto poder destrutivos submetem os produtores rurais. Assim, plantações gigantescas  com exemplares que chegam a 3 metros de altura são reiteradamente encontradas.  Muitas vezes cultivar a erva é a única ocupação remunerada na região, isso também facilita o apoio de pessoas que mesmo não tendo o perfil, aliam-se aos produtores ilegais pela sobrevivência.


A ONU - Organização das Nações Unidas declarou recentemente, baseada em documentos destinados a mapear a situação específica, que 9% da população adulta brasileira diz já ter tido contato com a droga, leia-se: usado maconha. Perdendo apenas para o México, país da América Latina que é o maior produtor de maconha das Américas, o Paraguai promove um efervescente comércio da drogas e tem levado a Polícia Federal Brasileira a trabalhar em conjunto com a Secretaria Nacional Anti Droga do Paraguai, realizando constantes investidas, prisões, queima de plantações e destruição da droga.


Cliente número um, do tráfico Paraguaio de maconha, o Brasil não se limita ao uso dessa droga. Considerada de menor potencial ofensivo que a cocaína, a heroína e o crack, tem sua maior  utilização nas classes média e de baixo poder aquisitivo.  Engana-se, porém, aqueles que acreditam ser inofensiva. É consenso entre os que fazem uso da maconha ser ela, uma porta aberta para drogas mais fortes, além de liberar as pessoas da censura  para reações pouco possíveis em situações de normalidade, nos momentos transitórios de satisfação psíquica. São comuns os relatos de violência, agressividade, prática de delitos sob os efeitos da droga.


Há um momento em que a erva não mais atende a necessidade do viciado e daí em diante, dependendo da condição financeira daquele, tornar-se-á um potencial e infeliz consumidor de cocaína ou de crack, adoecendo, empobrecendo, perdendo sua identidade, sua dignidade, sua vida,  enquanto os seus fornecedores enriquecem, andam com mulheres de todos os estilos possíveis, exibem jóias, ostentam carros importados, mansões, fazem turismo no exterior e se deliciam com tudo quanto o dinheiro, efetivamente, possa pagar. Pois é a filosofia de tais personagens é de que alguém tem que pagar o pato ou, simplesmente ser o Pato. 


O Brasil, também, tem enfrentado a chegada de novas drogas, ainda mais potentes que as conhecidas e que foram identificadas recentemente. A inclusão de 21 novas drogas na lista de substância proibidas ocorreu recentemente - Sexta-feira dia 21, com atraso, uma vez que algumas foram encontradas, pela primeira vez em nosso território, em Novembro do ano passado como é o caso de Metilona e 25INBO-me ou simplesmente 25I. Observa-se da primeira ocorrência até a definição de ilegalidade, o transcurso de aproximadamente 3 (três) meses. Desse modo, por questões burocráticas, a primeira apreensão das substâncias teve que ser desconsiderada, pois a ANS ainda não as classificara como drogas proibidas.


Difícil, triste, vergonhoso o quadro que infelizmente se desenrola sobre os nossos olhares que tomamos conhecimento através das mídias. Bandeira desenrolada em momentos de campanhas políticas, tensão social, visitas de autoridades estrangeiras, a questão das drogas, na maioria das vezes, recebe dos  gestores ações pontuais  de combate ao tráfico, de forma irresponsável e eleitoreira, enquanto famílias lidam com a perda de membros, desestruturação, desconfiança, dor e crescente desgraças.


Uma luz vermelha se acendeu, estamos na semana pré-carnavalesca. As drogas, a uma semana do carnaval, potencializam-se e exacerbam um problema tão velho quanto letal. Nossa fronteira terrestre tem uma extensão enorme que dificulta sobremaneira seu controle. Os aviões, as pistas clandestinas, as “mulas”, as fortunas resultantes do tráfico de drogas são uma realidade inegável,  um insulto e um terrível contraponto aos que batalham honestamente o pão de cada dia.


É preciso estabelecer normas.  Nessas horas mais que pais, mães, tios, avós, amigos, temos que nos tornar vigilantes observadores; críticos incansáveis no sentido de separar o joio do trigo. Não há como deixar passar aquele comportamento diferente, aquelas constantes mudanças de humor, o súbito medo de que alguém entre no quarto, a amizade nova, desconhecida, invariável e que parece ter tanta influência que afasta os demais. 



Não esqueçam, dinheiro não dá árvores. Se seu filho e sua filha não trabalham, é impossível ter dinheiro, comprar coisas e, também, não é saudável ganhar presentes o tempo todo. Olhe, veja, não tenha medo de confrontar-se com novidades desagradáveis. Enquanto são novidades podem ser, com amor, interesse e condutas adequadas, resolvidas com menor dor, menor sofrimento.



Pode ser carnaval, mas nem por isso alguém precisa tornar-se "PALHAÇO DAS PERDIDAS ILUSÕES". Não deixe que riam de você. Não se permita estragar a vida que você merece. Não há futuro nas drogas, não há Paz. Não há amor próprio, respeito, nada. Só existe a droga, o drogado e aqueles que ganham cada vez mais com a perdição dos outros.


Vencedores como o entrevistado da CBN representam tão pouco no universo das recuperações que se tornam estrelas solitárias porém não menos brilhantes. Reflitam: UM NÃO AS DROGAS MAIS QUE UM SIM À VIDA, É A CERTEZA DE VIDA.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

OPRIMIDO DE ONTEM, OPRESSOR DE HOJE


SABE COMO É?


O tempo passa, mas algumas coisas insistem em permanecer as mesmas. Apenas os atores mudam. O mais chocante na inversão dos papéis é que os substitutos, que perseguiram  os palcos e ali  chegaram após anos de lutas, esqueceram rapidamente seus discursos críticos, supostamente renovadores e éticos, passando a pensar e agir como os seus antecessores a quem censuravam e atribuíam à condição de tiranos, algozes, exploradores do povo brasileiro.


Tenho lido bastante, procuro estar em dia com a realidade que me cerca. Observo a guerra ininterrupta que o Governo Federal – leia-se: a cúpula Petista e aliados,  trava com algumas de nossas mídias. No quesito Revista de distribuição Semanal, os líderes têm especial desapreço pela Revista VEJA, publicada pela Editora Abril, criada em 1968 pelos ícones do Jornalismo brasileiro Roberto Civita e Mino Carta.


Quando o assunto é televisão, o PT volta suas baterias contra a Rede Globo que se constitui num pool de emissoras afiliadas,  inaugurada em 16 de abril de 1965 tendo na sua Presidência o aguerrido Jornalista Roberto Irineu Marinho e cuja instalação e inicio de funcionamento culminou um processo iniciado “em 1951,  durante o Governo de Eurico Gaspar Dutra” quando o “Jornal Globo requereu sua primeira concessão de televisão”. A rede levou ao ar, entre outras matérias, a acima documentada...


Se constata, ainda, a ira governista, contra o Jornal Folha de São Paulo, cujo papel tem sido, juntamente com outros setores da imprensa nacional, o de fazer uma oposição ao que se revela contrario à liberdade de expressão, isso inserido de forma clara nos repetitivos ensaios do Governo Federal em impor seu domínio  sob a imprensa e os jornalistas, de um modo geral. Não podemos olvidar o patente desejo de “Venezuelização” que parece ditar a política brasileira.


Por outro lado é impossível não lembrar algumas bandeiras ideológicas defendidas, até pouco tempo, pelo PT e partidos de mesma linha. Nessa seara é chocante a mudança radical dos que, hoje, governam o País. É importante trazer à memória que durante anos a fio, esses que no presente buscam colocar mordaças na Imprensa e no Ministério Público,  são os mesmos que gritaram, esbravejaram e se rebelaram contra a censura prévia e/ou qualquer forma de controle e cerceamento na liberdade de expressão.


Chama a atenção, inclusive, dos desavisados de plantão, as reiteradas manobras governistas no sentido da criação de obstruções à função precípua do Jornalismo, que se legitima quando isenta de coerção e na qual convive a diversidade de princípios, doutrinas e óticas. A regulamentação do que pode ou não ser publicado é crime contra a Democracia e contra o nacional de qualquer País. 


Vale a pena ressaltar que política de controle da imprensa não é novidade do Governo Dilma. A idéia tosca teve início com o "inocente" Lula, embasado num projeto do Jornalista Franklin Martins, na ocasião Ministro da Comunicação. Coincidente e perigosamente, esse Jornalista, conforme matéria publicada na Folha de São Paulo, edição de  20 de fevereiro de 2014, reuniu-se na data de ontem com a Presidente, todavia o assunto discutido não foi divulgado. É melhor prevenir que remediar. Não esqueça: controlar a imprensa fere de morte a Constituição e a Nação Brasileira. País livre se faz com uma imprensa livre independentemente de diferenças ideológicas. 
 

Apesar da inspiração tirânica Chavista, ao que tudo indica, cresce a lista dos “veículos de comunicação combativos e por isso mal vistos”. A Jornalista Ruth Aquino, na Revista Época, Edição Especial, datada de 17 de fevereiro do corrente ano, firma-se na defesa e conscientização das populações,  em brilhante artigo intitulado “TIRANDO A MÁSCARA” e, nos alerta  que: “O CAPUZ DE CAIO E O VOTO SECRETO NO CONGRESSO ESCONDIAM QUEM SABOTAVA A DEMOCRACIA”.


Em sua primorosa linha de raciocínio, livre de amarras e compromissada apenas com sua ética, pontua a máscara e o voto secreto como disfarce daqueles que não querem assumir seus atos diante da sociedade e da opinião pública. Assevera: “os que agem assim são sabotadores da Democracia” e que, cometem “delitos de consciência escondidos no escurinho da máscara, na proteção do anonimato”. Elucida também: são “assaltantes da esperança num País melhor”. Discorre sobre a atualidade, afirmando que "uns ganham R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais), quentinhas e vale-transporte, outros ganham milhões de dólares e a gratidão de poderosos."


O artigo refere-se, ainda, a necessidade de ser parado o “Ciclo da Violência e da Ignorância acobertadas e financiadas por quem quer ver o circo pegar fogo. Chega de Black blocs e white blocs mascarados! Chega de mártires como Amarildo e Santiago! E chega de corrupção premiada.”


Impressionante a lucidez da análise realizada por RUTH AQUINO que lança, também, um grito de “BASTA” ao que denominou caça de jornalistas. NUMA ESTATÍSTICA ASSOMBROSA informa que “de Junho de 2013, quando começaram as manifestações públicas... até aquela data, houve 118 casos de violência contra jornalistas. Isso inclui agressões e prisões indevidas. 


Do total informado, 88 atos de violência partiram de policiais, e 30 de manifestantes. Em 60% dos casos, as agressões não foram aleatórias. A notícia esclarece por ocasião das agressões  "o Jornalista se identificou. De nada adiantou. Ao contrário. Ao se identificar, o jornalista tem se tornado alvo – e isso demonstra o medo das autoridades e o desconhecimento de parte da sociedade civil sobre como a imprensa realmente trabalha no Brasil.”


Não há como ignorar a terrível sensação de engodo que nos surpreende a cada momento. Como aceitar e ver normalidade num Congresso que manteve na sua composição um Deputado condenado e preso? E mais explícita ainda se torna a vergonhosa manobra quando o referido parlamentar é cassado, na primeira sessão realizada com voto aberto, numa flagrante confissão da traição perpetrada de forma indecorosa contra os eleitores, contra a sociedade, contra mim, contra você, por  Representantes eleitos pelo voto popular.

Pois é, não deixem o Carnaval tomar conta de tudo e de todos. Brincadeiras, diversões são necessárias e equilibram o dia a dia. Mas, precisamos ficar atentos, até mesmo para que ao passar os efeitos da folia alienadora a ressaca não nos revele danos de difíceis reversão. O reinado de Momo poderá nos oportunizar reflexões e, quem sabe, nos mostrar como andamos sem rumo em determinados momentos. 


Que tal ler Ruth Aquino? Quem sabe refletir sobre a nossa perniciosa tolerância a atitudes que sabemos ilegais e abusivas?  Sabe como é, não foi comigo ou com você, então será que devemos ficar tranquilos? Testemunharmos, em pleno 2014,  uma torcida racista emitir guinchos simiescos a cada vez que o jogador Tinga tocava na bola nos classifica como? Que País é esse que cala - porquanto não exige punição - ante tão deplorável atitude? Até quando vamos assistir passivamente a estupidez e a violência orquestradas em nossas praças e vias públicas?

É, os Governos, em maciça maioria, não estão muito preocupados. Está aberta a temporada de reeleição. Não há espaço para muita coisa. A sensação é de que a sujeira será varrida para debaixo do tapete. As fissuras serão coladas com promessas solidamente amarradas;  os esgarçamentos cerzidos com acordos recheados de vantagens; as traições premiadas com as mais atrativas moedas de troca: Cargos Públicos, concessões e outros "mimos". 




Uma voz insistente parece soprar nos meus ouvidos deduções a cerca de pré-candidatos e ela me diz o seguinte sobre os nobres pretensos parlamentares:  Por que deveríamos nos  preocupar com um povo que insiste em não pensar e se deixa conduzir? Pense, não doí.  Você pode surpreender-se  com os resultados. Inclusive, rememore: você escolhe a Revista e o Jornal que quer ler, a Televisão que quer ver, os Políticos que quer eleger. Mas, você não escolhe o primeiro, o segundo, o terceiro ou qualquer escalão que compõe o poder. Igualmente, você não decide Políticas Públicas. Assim, são, no mínimo, quatro anos a menos ou a mais no caminho de nos tornarmos a Venezuela brasileira.