Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A FESTA DO PRAZER


PASSEIO  PELO  CARNAVAIS –



A Grécia, além das Leis Escritas e da Filosofia, teve influência marcante na  Linguagem, na Política, no Sistema Educacional, na ciência, na Tecnologia, na Arte e na Arquitetura e, legou à civilização Ocidental, o Carnaval.


Segundo registros históricos o Carnaval surgiu por volta de 600 a 520 a.C., quando, festivamente, os Gregos comemoravam a fertilidade da terra e os resultados da colheita. Na ocasião, que ocorria no verão, homens e mulheres usavam máscaras, enfeitavam-se pintando os seus corpos.


Há, também, historiadores que situam o surgimento do Carnaval a partir de celebrações a divindades como à DEUSA ÍSIS, cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos e oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade (Wikipédia – a enciclopédia livre), E O TOURO APIS, que para o povo Egípcio representava a força essencial da natureza e sua energia geradora.  



Apesar de iniciados como comemoração a acontecimentos astronômicos e a ciclos naturais, o carnaval, festa pública, evoluiu com a inclusão, pelos gregos e romanos, de bebidas e práticas sexuais, fazendo com que a Igreja reprovasse as festividades, declarando-as pecaminosas.



Todavia e não obstante a característica de mundana,  em 590 d.C a festa passou a  fazer parte do calendário festivo da Igreja, tornando-se permitida e realizada sob a vigilância de religiosos,  com o canto de hinos, cultos, que resultou em inversão e total modificação em sua essência. Desandou, ficou sem graça, sem a alegria original e desvirtuada de suas origens.   


Finalmente, no ano de 1545, quando se realizava o Concílio de Trento, o carnaval retornou a categoria de folguedo popular. Os carnavais mais falados da Europa aconteciam e acontecem em Paris, Veneza, Munique, Roma, Nápoles, Florença e Nice. Mais recentemente, no século XIX, os blocos carnavalescos se formaram, adotando o uso de carros enfeitados e pessoas  usando fantasias conforme sua imaginação ou dentro de um roteiro prévio, muito semelhante ao que é utilizado atualmente. 


O Carnaval no Brasil chegou sob a ascendência Européia, com a realização de desfiles, o uso de fantasias e de máscaras.  A folia foi maciçamente assumida pelos brasileiros, colocando o Carnaval como uma das mais intensas  festividades do país. Com o seu jeito de ser o brasileiro produziu alegria, boa música como as marchinhas, o frevo, o maracatu, o samba; esbanjou animação; exportou, para todo o mundo, o seu Carnaval feito de muito ritmo, belas mulheres, homens bonitos, pouca roupa, profusão de fantasias, álcool, sexo e, lamentavelmente, acresceu a tudo a tristeza das drogas. 
  

Atualmente, chama a atenção do mundo o Carnaval do Rio de Janeiro que, inclusive, está no Guinness Boock, com desfiles fantásticos promovidos pelas escolas de samba que encantam a todos com seus carros alegóricos, a beleza de seus destaques, o conjunto, além dos blocos e clubes tradicionais; em outras épocas a festa carioca era abrilhantada por bailes a fantasia, com desfiles e premiação nas diversas categorias, em clubes e hotéis luxuosos. Sempre uma vitrine para o mundo.


Destaca-se, também, no cenário Nacional, o Carnaval de Salvador, com características diferentes do Carioca e que arrasta, também, milhões de foliões com seus trios elétricos e cantores famosos a exemplo de Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Asa de Águia, blocos como Olodum, Timbalada, Nana Banana, e Ilê Aiyê; o afoxé Filhos de Gandhy e muitas outras manifestações da cultura baiana.


Também se sobressai o Carnaval de Pernambuco, com ênfase a Capital Recife e ao carnaval tradição de Olinda; no Carnaval de rua há muito frevo, desfiles de clubes, maracatu e aquele que segundo o Guinness Boock é o maior bloco carnavalesco do mundo: O Galo da Madrugada;  além dos famosos bonecos do Homem da meia noite e da Mulher do meio dia;  a troça Pitombeira dos Quatros Canto; o Clube Elefante de Olinda; o  Clube Lenhadores; o Clube Vassourinhas, Clube Marim dos Caeté. O pernambucano, conforme a tradição nasce “frevando”, tem o frevo no sangue e na alma.


Por último, menos famoso, menos concorrido e igualmente animado temos o Carnaval de João Pessoa. Aqui se faz uma festa diferente. O período pré-carnavalesco, iniciado na Quinta-feira,  31 de Janeiro que trouxe a capital Paraibana o incansável Alceu Valença,  além de  Renata Arruda, Diana Miranda e Gracinha Teles e Orquestra PB Pop onde os mais conhecidos  tem a seguinte programação:

Principais blocos:


Sexta-feira (1º/02)
Bloco Picolé de Manga
Atração: Daniela Mercury
Local: antigo Posto Tropicana




Quarta-feira (6/02)
Bloco Muriçocas do Miramar
Atração: Elba Ramalho
Local: Praça das Muriçocas



Domingo (3/02)
Bloco Virgens de Tambaú
Atração: Gaby Amarantos
Local: Posto 99 (Avenida Epitácio Pessoa)

Sábado (2/2)



Sexta-feira Dia (08/02)
Bloco Cafuçu
Atrações: 15 orquestras de frevo e Luís Caldas.
Local: Centro Histórico.

OUTROS:

Bloco: Imprensados
Horário: 14h
Local da concentração: Praça Rio Branco (Centro)

Bloco: Agitada Gang
Horário: 16h30
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa, em frente à academia Corpo Livre.

Bloco: Bloco das Piabas
Horário: 20h30
Local da concentração: Rua Osório Paes (Baixo Tambaú)

Bloco: Virgens de Mangabeira
Horário: 19h
Local da concentração: Colégio Luis Ramalho (Mangabeira por dentro)

Bloco: Dxmantelados do Cristo
Horário: 20h
Local da concentração: Colégio José Lins do Rego

Bloco: Amoringa dos Bancários
Horário: 18h
Local da concentração: Rua Rosa Lima dos Santos - Bancários

Bloco: Eternamente Flamengo
Horário: 18h
Local da concentração: Caixa d’água do bairro Funcionários II

Bloco: Tambiá Folia
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Tancredo Neves (Tambiá)

Bloco: Peruas do Valentina
Horário:17h
Local da concentração: Canteiros Bar (Valentina)

Bloco: Boi Vermelho
Horário: 18h
Local da concentração: Rua Alberto de Brito (Jaguaribe)

Bloco: Banho de Cheiro
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa (em frente ao Pão de Açúcar)

Bloco: Bloco dos Atletas
Horário: 19h
Local da concentração: Avenida Epitácio Pessoa (em frente à Academia Corpo Livre)

Bloco: Flatorre
Horário: 17h
Local da concentração: Avenida Carneiro da Cunha (Torre)



Dias 10, 11 e 12/02 (domingo, segunda e terça)
Polos Carnavalescos
Atrações: Cada um dos seis polos terá duas bandas locais e dois grupos de cultura popular
Local: Mandacaru, Rangel, Cruz das Armas, Valentina, Mangabeira e Conjunto Residencial Gervásio Maia

Dias 9, 10, 11 e 12/02 (sábado, domingo, segunda e terça)
Carnaval Tradição
Atração: Desfiles de escolas de samba e tribos indígenas
Local: Avenida Duarte da Silveira.


UMA MÚSICA PARA LEMBRAR E SONHAR:


MÁSCARA NEGRA!
Zé Kéti


Quanto riso! Oh! quanta alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está chorando
Pelo amor da Colombina
No meio da multidão.

Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo um ano,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade.
Vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.

2 comentários:

Leones Rodrigues Nunes disse...

Aos nove anos de idade eu vi minha mãe chorando em público, uma multidão na rua em frente de casa, e uma orquestra de frevo tocando e arrepiando. Perguntei: mãe, por que está chorando? A resposta: porque hoje é noite da terça-feira de carnaval!
Pronto. Mais um folião nascia naquela noite de terça-feira de carnaval!

Anônimo disse...

Léo,

Conhecendo vocẽ e sua família sei de seu amor pelo carnaval. Comigo não é diferente. Paraibana, cresci acompanhando meus pais aos bailes, fazendo corso, indo as matinés e brincando ao som de orquestras como a do Maestro Vilô e outros. Lembro muito bem de como da nossa reação quando, chamando o povo, a orquestra tocava vassourinhas, ou quando já precisávamos de parar um pouco tinha a delícia de Máscara Negra, Bandeira Branca. Como era maravilhoso o carnaval dos clubes e mesmo das ruas onde as famílias bricavam tranquilamente. Obrigada por sua presença, sua demonstração de como nasce um folião.