Quem sou eu? O que faço

Minha foto
João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

E AÍ, CARMINHA CONVENCEU ?


TEXTO RÁPIDO!

Tentei tudo, busquei concentração, livros, revistas, trabalho, vários canais de televisão, em nada consegui centralizar meus atos e ações ou mesmo a inércia. Consultei meu interior, vasculhei no fundo da memória na tentativa de descobrir o que me incomoda a ponto de impedir o livre curso de meu intelecto. Pois é, parece que uma luzinha pisca lá no âmago; engraçado, descubro que é algo absolutamente sem importância.


Admirada me vejo, ansiosa, pela exibição do último capítulo de Avenida Brasil. O que será que me consome? São tantas as interrogações e aberrações que encontro dificuldade na ordenação de possíveis questionamentos. Senão vejamos o que vai pela cabeça do autor nessa luta entre Nina e Carminha, erroneamente pensadas, elas as antagonistas, como se personificassem o BEM e o MAL.



No núcleo do lixão, surge, entre tantas, a dúvida sobre a quem recaíra a obrigação de prestar assistência às crianças, uma vez que Lucinda está presa e Nilo - que era mau e revelou-se vítima -  foi morto. Na família “toupeira” segundo o mais recente bonzinho/vilão/misto de homem e demônio, Santiago, numa coincidência cretina, o Silas, ex de Monalisa, atual ex/agora mulher de Tufão, arrasta asas para Ivana, viúva de Max que era amante de Carminha e pai de seus dois filhos, essa, por sua vez é ex-mulher do jogador. Na prática, novamente, o cunhado do craque vai ser alguém que já "esteve" com a sua mulher.

Ainda, nessa mesma família, o patriarca Leleco, "garotão de praia", que traia a segunda esposa – Tessália - com a primeira, Muricy,  que por sua vez trai o segundo marido, Adauto,  com o primeiro, parece perturbado com fato da desprezada -  estar de novo amor e não demonstrar qualquer problema em se encontrar no mesmo recinto com os traidores.  Inocente trama, a traição desses casais. Até porque, existem na mente do autor coisas bem mais nocivas nas relações conturbadas.


E a esdrúxula história das três patetas amorais, Verônica, Noêmia e Alexia que adoram ser peças de coleção  de um homem estilo bonitinho mas, ordinário ?  As ciosas mãezinhas que deixam seus filhos para trás como se fossem descartáveis, em busca de conforto, Spa, dinheiro, jóias. E Cadinho? Homem preparado, sem compromisso ético, expert no mercado da propaganda e Marketing que se torna lavador de carro – sem nenhuma ofensa à profissão – e não ensaia um único movimento para recuperar seus bens ou seu prestígio ou até mesmo um trabalho assemelhado ao que o tornara um vencedor? Roubado por um pupilo fica extasiado com a vida de pobreza e preocupa-se, apenas, em manter consigo as três mulheres.


Sobram vilões e maus exemplos. Lúcio, mistura de garoto propaganda com aprendiz de cafajeste, enganou a mãe durante muito tempo na trama; se prostituía, aplicava pequenos golpes até virar o favorito de Carminha. E Valdo? Que era casado com Betânia, ambos vindos do lixão e aparentemente em busca de uma vida melhor, digna. Repentinamente, engana sua mulher, rouba e trai a amiga, entregando provas colhidas à vilã chefe, destruindo não só o casamento mas, o sonho de sua mulher de ter conseguido, apesar de todos os sofrimentos, escapar à deformação moral muitas vezes resultantes de vidas em extremos.

Maxwell, que morreu  no melhor estilo suspense,  e para não deixar dúvidas foi massacrado. Foi golpeado  com uma coronhada, recebeu golpes de enxada, foi ameaçado com revólver e de quebra, ainda suscitou nos telespectadores o desejo, intimo e individual, de esganá-lo. Deixou dois filhos criados por Tufão e que se declarada a paternidade carregariam, por toda a vida, o fardo de serem filhos de um parasita, cruel e traidor.


Onde fica a doente relação de Suelen, Leandro e Roni. O que acontece? Temos uma mulher e dois maridos? Temos uma mulher um marido e um amante do marido? E o suposto filho, de quem será? Sim, porque nós não podemos esquecer a passagem da Maria chuteira pela Gávea. Que tipo de família se pretende com tal imbróglio? Como responder as perguntas que surgem das crianças a partir dos comentários das maiores que assistem a novela? Será isso modernidade, atualidade?


Como aceitar heroínas que mentem, enganam, usam as pessoas sem a menor preocupação de traí-las miseravelmente e, sem titubear, perseguem uma vingança como se fosse a única meta de sua existência? Em que figura se enquadra Nina/Rita, ameaçando, torturando, roubando de forma fria, calculista, ininterruptamente perseguindo a sua vindita que quase lhe custa o amor de sua vida: Jorginho. 


E Tufão. Antes de qualquer coisa, totalmente surdo, assim como todas as pessoas de sua casa. Sim, porque os gritos das discussões entre Max e Carminha ou, as explosões de alegria quando nas farras na suíte do casal, nunca foram ouvidas por qualquer pessoa. Exceto, Ágata, a pequena sempre escorraçada por sua mãe e que, numa cena inusitada, ouve uma briga entre sua mãe – Carminha e seu tio/pai, Max.  


Pois é, o herói Tufão, a mim pareceu terrivelmente caricato. Um homem simples que é guindado à milionário por seu talento com a bola, torna-se uma figura querida, respeitada, mas se deixa enganar, desfaz seu casamento com a noiva grávida e casa-se com a viúva de um homem que matara acidentalmente. Como se fora um ganho extra, pouco tempo depois é convencido a aceitar um menino que mora no lixão e por quem se enche de amor paternal e, também, ganha de brinde, um cunhado sanguessuga que fora apresentado à sua irmã pela esposa “devotada”.


São tão poucas as personagens de quem se possa colher coisas boas que fica no ar uma gama de perguntas sem respostas. As crianças, os adolescente da novela parecem sem rumo. Ao sabor da maldade dos adultos. As mulheres, sem exceção, ou se mostram devoradoras de homens ou tolas, enganadas, embora, algumas, transitem tranquilamente nas duas faces.

Voltando aos personagens principais, Carminha, redimida no último capítulo parece que a qualquer momento vai preparar uma das suas, dar um golpe ou coisa que o valha.  Tendo convencido a todos como vilã, não consegue como boa moça. Falta o elemento de convicção, a verdade que tornava Carminha ímpar, má de forma natural  espontânea. 



Jorginho e Nina, inicialmente grávidos, demonstram ter encontrado o caminho. Tufão e Monalisa aparentam, após três anos,  numa mesa de buracos, um desengano, uma postura de amigos acima de tudo. Muricy e Leleco, continuam travando embates e levando a vida entre tapas e beijos. Cadinho, finalmente, com Diógenes - presidente do Divino Futebol Clube - auto-investido de autoridade para tal, conseguiu casar com suas três mulheres. Fechando a novela, o casal número um, Jorginho e Nina, visita Carminha que, uma vez livre da cadeia, passara a morar e sobreviver  do lixão e ali, conhece o neto, filho do jovem casal.



Os empregados constituíram um caso a parte. Na casa de Tufão inexiste o politicamente correto. Carminha trata a todos como se estivesse vivenciando o regime da escravidão. As empregadas "Janaína e Zéze", obedecem, correm, se esgotam buscando atender a megera e vingam-se,  falando mal da patroa e torcendo para que algo dê errado. Merece destaque, ainda, a performance de Nina/empregada que entra e sai na hora que deseja, influencia o dono da casa, a filha caçula, envolve-se com "o filho" do casal, com o cunhado da dona da casa, torna-se confidente e posteriormente algoz dessa e, afinal, revela-se como se fosse um anjo vingador.

Instiguei de todas as formas os neurônios buscando algo de bom em Avenida Brasil, que Graças a Deus, termina hoje. Não encontrei na novela uma mensagem que dignificasse homens e mulheres, ou mesmo respeito aos idosos, as crianças, as instituições. “Casamento a três, a quatro...”, trocas de casais, mentiras, sequestros, incesto,   homicídios  violência, vadiagem, ingestão de álcool, drogas, tudo foi detectado no folhetim. Onde, exatamente, há uma pequena ideia de algo bom? Até mesmo mãe Lucinda, bondosa em seu íntimo, carregava a mácula do adultério e de um pseudo-assassinato. Discordo completamente da afirmativa de que essa novela da Globo expressa a realidade da classe média brasileira. Não acredito que sejamos destituídos de senso moral, honestidade e ética numa escala de depravação onde, até o incesto se faz presente.


No entanto os altos índices do IBOPE, os picos de audiência mostram que eu devo estar redondamente enganada. Em todos os lugares em que estive hoje encontrei pessoas falando sobre o meso tema. Numa reflexão, lembro que a novela é diversão. Mas, a toda hora, vemos os autores incluírem notas de utilidade pública, situações contra discriminação, lições preciosas. Então, por que é demais pretender o saudável? Por que ressoa estranha a hipótese de vidas normais, comportamento sadio, respeito às leis dos homens e da natureza? A exceção de atos de bondade vinculados às crianças do lixão, bons propósitos, foram raros e equivocadas as caracterizações dos heróis e heroínas. 


Resta-nos o alívio de saber que, pelos menos por enquanto, não teremos lições de estelionato, fraudes e tantos outros delitos que envolveram, diariamente, os telespectadores, os artistas, toda a produção. Nesse caso, a emoção, infelizmente andou "pari passu" com a tensão e o horror. Os contrários me perdoem, mas Divino, só o bairro. BOAS, SOMENTE AS INTERPRETAÇÕES MAGISTRAIS QUE TESTEMUNHAMOS. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NOSSAS CRIANÇAS


DIA DAS CRIANÇAS!    


         OUTUBRO, de que não tenho as melhores lembranças, é um mês de muitas comemorações. Algumas são simplesmente prazerosas; outras benéficas por nos incitar à prática religiosa; há as que incentivam o comércio e há, ainda, aquela que é muito bem recebida pela classe estudantil, pelo menos entre os mais novos, pois significa um dia fora das salas de aulas.

         O nosso calendário de eventos é pródigo, todavia as festas mais significativas neste mês são: o dia 1º - Dia Internacional da Terceira Idade e Dia de Santa Terezinha;  dia 4: Dia da Natureza e Dia de São Francisco de Assis; dia 8: Dia do Nordestino; dia 11: Dia do Deficiente Físico; dia 12: Dia de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças; dia 15, Dia do Professor; dia 18, Dia dos Médicos; dia 25: Dia da Democracia; dia 28: Dia dos Funcionários Públicos. As comemorações não são apenas as listadas. Entretanto, estas são as que mais chamam a atenção. Acredito que assim seja em razão do grande número de pessoas atingidas pela festividade.

ALEGRIA !

Mesmo tendo outros motivos, quero tecer minhas homenagens às crianças. Criaturinhas que enchem as nossas vidas de amor, alegria, esperança e, algumas vezes, de sentimentos contraditórios, pois as carinhas angelicais não combinam com as artimanhas. Enfim, todos nós fomos crianças e, de alguma forma, chantagistas, manhosos, exigentes, capazes de utilizar o choro como se fosse um troféu, mas sempre com muito charme, glamour.

COMPANHEIRISMO !
As crianças, com seu mundo mágico conseguem trazer aos nossos rostos um sorriso, quando nossa alma chora por dentro. Conduzem-nos pelo caminho da esperança quando esse sentimento parece ter nos abandonado. Suscitam em nós o desejo de resistir quando tudo nos incita à desistência.

                                                                INOCÊNCIA                                                                
Falar sobre crianças é fazer um registro existencial, com ênfase aos seus mais significativos encantos e suas mais profundas angústias. Uma fase de nossas vidas em que todos os dias vivemos sonhos e aventuras, cujas recordações tem o poder de resgatar a felicidade vivida aquela época. Quem, em sã consciência, é capaz de negar os risos largos e barulhentos ante um escorregão de alguém? Como refrear a sensação de alegria com as lembranças de festas de aniversários, de presentes ganhos, de carinhos, de dengos explícitos? Como ignorar brincadeiras tantas vezes repetidas e a sensação gostosa de ganhar os jogos, vencer o campeão, liderar a turma?

Pois é, as crianças têm, ainda, uma sinceridade cruel, capaz de exprimir o que sente e entende sem a lapidação sofrida e exercida pelo adulto. Dizer, inocentemente, que não gosta de alguém, que acha feia a namorada do tio, que não gostou do presente, que não quer ir dormir e sim ficar frente à televisão, no computador, enfim, dizer o que sente sem a menor preocupação de agradar a qualquer pessoa, esse é o mundo das crianças.


                                SINCERIDADE!                                     
Ser criança é olhar a vizinha, super maquiada, vestida no capricho e, inocentemente,  responder à pergunta: "Está me achando bonita? Não tia, muito feia...." : 

Na criança está o futuro da humanidade. Em todos os segmentos da vida humana há um lugar especial para os pequeninos. O nosso Mestre, Jesus, deixou-nos, por seus Evangelistas, registro de seu amor: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus.”  


                                              AMOR ÀS CRIANCINHAS                                                 
Nesse mundo globalizado no qual a tecnologia se excede a cada minuto e a moeda do momento é conhecimento, algumas verdades são inegáveis. Por mais tecnocratas que possamos nos tornar, por mais literatos que venhamos ser, por mais autossuficientes que sejamos, nada seremos, não iremos a lugar nenhum e, nos nossos corações, haverá  aridez e solidão se não nos fizermos crianças para amar incondicionalmente. O amor é a mola mestra que impulsiona a vida e os pequeninos são frutos abençoados desse sentimento divino. 

 ORAÇÃO PELAS CRIANÇAS:

Jesus, quando estáveis na terra quisestes que as crianças se aproximassem de vós, através de vosso infinito amor. Nós vos pedimos por todas as crianças do mundo, esperança da humanidade futura; por todas as crianças amadas e desejadas por seus pais; por todas as crianças abandonadas, órfãs e que não conhecem de fato o que é o amor; pelas crianças de rua, que não encontram um espaço digno de crescimento e desenvolvimento; pelas que não têm um lar que os acolha e lhes dê aconchego e proteção; pelas que são exploradas sob a ganância do dinheiro, do prazer e do poder; pelos filhos que não conseguem de seus pais educação saudável e cuidados básicos; por aqueles que não vos conhecem. Senhor, cuidai delas, nós vos pedimos. Tende misericórdia e fazei com que cresçam em tamanho, sabedoria, graça, diante de Deus, nosso Pai e diante dos seres humanos, nosso irmãos. Suscitai nelas, Senhor, a fé e o amor. Amém.

Texto circulante na internet - sem menção da autoria.

ALGUMAS DAS CRIANÇAS DA FAMÍLIAS !


ANA CECÍLIA


MARIA CAROLINA

PEDRINHO



JÚLIA

CHARLOTTE

MARIANA

RACHEL

DUDU

Vitória 
 


FERNANDINHO
MARIA
DANIELZINHO
ÁLVARO JOSÉ

CRIANÇAS MARAVILHOSAS:

FERNANDINHA
GIOVANNA



ANA CAROLINA
ANA ZÉA


GABRIELA
FRED, BATISMO


FRED
LUZIA, 04 MESES


LUZIA 05 ANOS 


LUÍZA 04 ANOS


JULIANA 02 ANOS


FRED, LUÍZA, LUZIA, JULIANA E FABÍOLA


ALVINHO E MANU


BIA, MANU E DANI
JÚNIOR

IURI

DANI E BIA


LÍLIAN





                                                   
É isso aí gente, com toda a certeza a melhor parte de nossas vidas. Pena que não consegui todas que eu queria. Não as esqueci, tentarei resgatar. A todos um grande beijo.
          
           AGUARDEM, VEM AÍ AS CRIANÇAS A PARTIR DA DÉCADA DE CINQUENTA.