Quem sou eu? O que faço

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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Quem sou? O que faço. Sou Maria de Lourdes, tenho, agora, 62 anos, esposa, mãe e avó, formação jurídica, com pós graduação em Direitos Humanos e Direito Processual Civil, além de um curso não concluído de Filosofia. Conheci os clássicos muito cedo, pois não tinha permissão para brincar na rua. Nosso universo – meu e de meus irmãos – era invadido, diariamente, por mestres da literatura universal, por nossos grandes autores, por contistas da literatura infanto-juvenil, revistas de informação como Seleções e/ou os populares gibis. Todos válidos para alimentar nossa sede de conhecimento. Gosto de conversar, ler, trabalhar, ouvir música, dançar. Adoro rir, ter amigos e amar. No trabalho me realizo à medida que consigo estabelecer a verdade, desconstruir a mentira, fazer valer direitos quando a injustiça parece ser a regra. Tenho a pretensão de informar, conversar, brincar com as palavras e os fatos que possam ser descritos ou comentados sob uma visão diferente. Venham comigo, embarquem nessa viagem que promete ser, a um só tempo, séria e divertida; suave e densa; clássica e atual. Somente me acompanhando você poderá exercer seu direito à críticas. Conto com sua atenção.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A mulher na História - parte 2

A mulher na Idade Média


Os historiadores definem Idade Média como sendo “o longo período de quase mil anos, que começou no ano 476, quando o Império Romano do Ocidente caiu nas mãos dos povos bárbaros, e se estendeu até perto das Grandes Navegações, em 1453, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos otomanos. Chama-se Média porque foi um período intermediário entre a Idade Antiga e a Idade Moderna.[1 – fonte - Wikipédia, a enciclopédia livre].

Outras denominações para esse período são: Idade Medieval, Era Medieval ou Medievo, todas demonstrando a característica de ser uma intermediação entre dois momentos da história da Humanidade. Essa Era também é conhecida como a Idade das Trevas, numa referência a idéias equivocadas. A peste negra, as cruzadas, as revoltas camponesas, os cavaleiros, o misticismo, a bruxaria, os dragões e tantos outros legados, verdadeiros ou não, fazem da Idade Média uma aventura cheia de medos e fascínio.

Para encontrarmos as nossas heroínas e nossas vilãs, necessitamos estabelecer algumas questões, senão vejamos: a Idade Média é subdividida em ciclos, com mudanças importantíssimas nas sociedades. A supremacia absoluta da Igreja Católica aliada a um sistema de produção feudal, resultando em relações de vassalagem e suserania – onde, o suserano, em troca de terra, recebia do vassalo fidelidade e trabalho. O rei era o suserano mais poderoso. A busca e a publicação de documentos acerca da Idade Média nos mostra um período muito longo da humanidade onde a economia era rural, houve a diminuição do comércio à distância e o quase desaparecimento da moeda; a posterior revitalização do comércio,  a partir do século X e o surgimento de nova classe social.

Os poderes, econômicos, políticos e jurídico eram exercidos pelos senhores feudais, numa sociedade imóvel e dividida em classes. A nobreza e o Clero compunham a parte de cima da pirâmide social. A primeira era a dona das terras, a segunda tinham o poder imposto pela fé, pela ignorância e pelo medo. Entrelaçavam-se, era comum  clérigos nobres, aumentando, assim, o Poder da Igreja. A base da pirâmide social compunha-se de camponeses e pequenos artesãos.

 A mulher, naturalmente, é encontrada em todas camadas sociais, a sua atuação na sociedade é o ponto de partida para nossa peregrinação. Nesse ambiente tentamos localizar algumas figuras relevantes no universo feminino e que, mostrem onde e como a mulher podia se destacar. Ressaltado que a Fé é o elemento de resgate do gênero, nesse período da história.

HEROÍNA - CATÓLICAS

SANTA MÔNICA - Mônica passa para História através da obra Confissões, de seu segundo filho, Santo Agostinho (Aurelius Augustinus, 13.11.354 d.C.), escrita aproximadamente no ano de 397. A Igreja reconhece o seu nascimento no ano de 331 d. C., embora existam controvérsias quanto a essa data. Seus pais eram cristãos, que se mantiveram católicos durante o cisma donatista (LOYN, 1990: 122).  Responsável pela formação da conduta moral e religiosa do filho, Santa Mônica é o modelo da tarefa pedagógica vital de incutir pudor, mansidão, e todas essas condutas cristãs, torna-se exemplo de comportamento virtuoso, que, além de tudo, dá o empenho da conversão, em que pese a "debilidade estrutural da intervenção feminina no interior da família".


SANTA GENOVEVA GENEZIEVE - Nasceu em 422 em Naterre perto de Paris e dedicou-se a Jesus desde a idade de 7 anos quando se encontrou  São Germano de Auxerre, por ocasião de uma viagem que o Santo fazia à Inglaterra. Aos 28 anos, pela sua virtude e força de caráter, convenceu os habitantes de Paris a não abandonarem a cidade nem a entregarem aos pagãos. É a padroeira da Cidade Luz.





SANTA ADELAIDE – Nascida em 931 e falecida em 999; Órfã aos seis anos e viúva aos dezenove, foi, por interesses políticos, perseguida e aprisionada pelo Duque Berengário e sua mulher Wila, sujeitando-se a esta situação indigna com resignação e confiança em Deus. Com a ajuda do piedoso capelão Martinho consegue escapar e, escoltada pelo Margrave Apo, se refugia no castelo do Duque de Canossa, Alberto Uzzo. Oto I, o homem mais poderoso daquele tempo invade a Itália e afugenta Berengário. Dirigindo-se a Canossa, casou-se com Adelaide no dia de Natal de 951, resultando daí uma união feliz. Elevada à dignidade imperial, demonstrou imensa humildade e caridade para com os menos favorecidos. Viúva pela segunda vez, tornou-se regente até a maioridade do filho, o imperador Oto II, que em 971 casou-se com a princesa grega Teofânia, que também passou a hostilizar Adelaide. Morto Oto II, Adelaide se retira da corte, mas logo também Teofânia morre e Adelaide retorna para ser regente em nome de seu neto Oto III, coordenando suas obrigações políticas e religiosas. Partindo do princípio que a "felicidade e a prosperidade de uma nação depende da bênção de Deus", procurou implantar à todo custo na alma do povo o "santo" temor de Deus, fazendo empenho para que fossem conservados fielmente os "costumes e usos da vida cristã" de forma severa. Após a morte do seu marido, em 973, começou a interessar-se cada vez mais pelas  missões e estabeleceu vários mosteiros e igrejas.

JOANA D'ARC - Nasce em Domrémy e, aos 13 anos, afirma ouvir vozes divinas pedirem-lhe que salvasse a França. É presa em 23 de Maio de 1430 e entregue aos ingleses que a acusam de bruxarias. Mártir francesa, canonizada em 1920, foi a heroína da Guerra dos Cem Anos, que ajudou a libertar a França do domínio inglês. Submetida a um tribunal católico em Rouen, é condenada à morte depois de meses a fio em julgamento. Passado um ano, é queimada viva, com 19 anos. A revisão de seu processo começa a partir de 1456 e a Igreja Católica beatifica-a em 1909. Em 1920, é declarada Santa. 

ANTI - HEROÍNAS

GUINEVERE - Guinevere a prometida do rei Artur, casou-se muito jovem sem conhecer seu futuro marido, veio acompanhada de um generoso dote, o que foi decisivo para o rei aceitá-la. Entretanto, as vésperas do casamento, Artur,ao vê-la, encantou-se pela moça, porém o coração de Gwen já pertencia a Lancelot, o principal aliado de Artur.

Ela viveu dias felizes em Camelot, mas seu amor proibido por Lancelot a torturava tornando-a fria e vingativa. A rainha era muito católica e fez com que o rei Artur trocasse a bandeira do Pendragon pela cruz do cristianismo, com isso criou o início da decadência do reinado do marido e seu rompimento com o mundo de sua mãe: Avalon.

MORGANA - Morgana era a irmã mais velha de Artur, foi criada em Avalon como uma sacerdotisa. Estava predestinada a ser a próxima Senhora de Avalon. Foi convocada por Viviane para a cerimônia do Gamo-Rei, onde foi dada ao irmão Artur em nome da deusa, abandonando Avalon após descobrir isso. Desse encontro teve um filho com o irmão, Mordred que foi criado longe de Camelot, mas que volta e torna-se o conselheiro do rei e muito mais tarde seu substituto. Morgana morre velha e exilada em Avalon, mundo este que se perdeu para sempre nas brumas.




JOÃO ANGLIUS - JOANA –  Contam fragmentos da história que no ano de 854, “o papa Leão morreu nas kalendas de agosto e foi sucedido por Joana, uma mulher, que reinou durante dois anos, cinco meses e quatro dias". Conhecido como João Anglius, nascido em Mainz e, vestida com vestes masculinas, foi levada para Atenas, onde se destacou por seus conhecimentos e versatilidade.

Tornou-se Papa pois nenhum dos candidatos demonstrou ter conhecimentoscapaz de fazer frente a Joana. Dizem os autores da época, que, foi engravidada e por ignorar o tempo exato em que teria o seu filho, estando numa procissão do São Pedro até Latrão, deu à luz um filho em uma estreita viela entre o Coliseu e a Igreja de São Clemente." O fato provocou a adoção de uma cadeira cujo assento era vazado e na qual o candidato a Papa deveria sentar-se, sem roupa de baixo, de forma que se pudesse visualizar parte de sua genitália. Muitos historiadores falam na Papisa, entre eles Marianus Scotus (1028-1086), monge Irlandês; Martinus Polonus, padre da Ordem Dominicana; Otto, bispo de Frisingen (Alemanha); o dominicano; Jean de Mailly, de Metz (França); o frade dominicano francês Estevão de Bourbon, todavia todos os sucessivos escritores católicos a partir de. 1500 negaram o fato.

Vale a pena ressaltar, ainda, mulheres que se destacaram não por santidade ou ausência dela, tais como: HILDEGARDA DE BIGEN que legou à humanidade  o tratado Causae et Curae, que é um retrato da medicina medieval; ANA COMNENA, princesa bizantina, filha de Aleixo Comnena, Alexíada é o título da biografia de seu pai, escrita por ela; na Universidade de  Bolonha- entre o século XII e o XVII,  MAGDALENA BUONSINGORIi, BETINA CALDERINI e BETITSTA GONZADDEN, lecionaram cátedra de Direito, num universo tipicamente masculino. Entretanto, a resposta maciça do sexo oposto impediu a continuidade da prática.

A HEROÍNA PAGÃ

ISOLDA – Heroína de lenda Celta e ou viking onde Marcos, rei da Cornualha, decide casar com Isolda, a princesa loura da Irlanda. Encarrega seu sobrinho Tristão de ir buscá-La. Exímio cavaleiro, Tristão salva a Irlanda  de um terrível dragão. Cheia de admiração, Isolda apaixona-se pelo guerreiro, sendo correspondida em seu afeto. Vivem um amor avassalador antes de sua viagem. Entretanto, a princesa  casa-se com Marcos e torna-se rainha. Refugia-se na floresta e vive com seu amado por três anos, iludindo o rei e desmoralizando os nobres que os denunciavam. Uma vez afastados morrem. A lenda exalta o amor-paixão e é sacralizada. Isolda representa o imaginário amoroso medieval. Rompe com toda a idéia de obediência irrestrita e servilismo.

A Idade Média não é, certamente o melhor momento da mulher: o seu universo passeia entre a Igreja - que se apresenta de uma forma exigente e segregadora, eleva pessoas a condição de santos e santas ou de hereges - e as crenças populares cheias de misticismo, exorcismo, fatalismo, transaformando as pessoas em bruxas e inimigas, causando transtornos físicos e morais. A mulher, na Idade Média, apresenta-se extremamente fragilizada.

Quase mil anos de Idade Média levam a humanidade por um caminho tortuoso. Chegar à Idade Moderna, a partir do Renascimento, é algo a ser compartilhado. 


Venham e vejam... na próxima postagem.











terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A mulher na história - parte 1


Contam-nos as civilizações, de diversas formas, a história da mulher  na humanidade. Em algumas, vamos encontrá-las em posições de destaque - atuando frontalmente - noutras, nos bastidores - heroínas sem rostos, sem nomes, sem holofotes, trabalhando, incessantemente. Igualmente, há relatos de mulheres, sorrateiramente, movimentando cordéis e transformando pessoas em títeres. A História grava o gênero – feminino – contraditoriamente, como minoria - com relatos que oscilam entre melancólicos a grandiosos, tristes, alegres, terríveis, maravilhosos, enfim as cores e os nuances recebem os matizes que a situação, então reproduzida, permite.

A mulher na Bíblia - Lilith e Eva

Lilith e Eva
A Cultura Ocidental, através da Igreja Católica, na versão mundialmente conhecida, relata que Deus criou a mulher a partir da costela de Adão – Gen.21 ,23,  pois não era bom que o homem ficasse sozinho, determinando, o Criador,  que o homem se unisse à mulher e gozasse com ela as delícias do Paraíso. Adão chamou a sua mulher de EVA, em hebraico HAVA que significa vida.

Numa versão pouco conhecida e que dizem ter sido abolida dos textos Sagrados no Concílio de Trento, fala-se que Deus criou a mulher: Lilith, da mesma essência de Adão, com base nos texto bíblicos de Gênese 1.27 e que teria fugido, após ter se rebelado contra sua posição – inferior ao homem.

Há, também, uma terceira variante que registra Lilith  como a serpente que incitou Eva a dar ao homem o fruto proibido. Eva ou Lilith, a mulher, desde a sua criação, mostra-se como autora, capaz de criar, suscitar reações, modificar conjunturas, transcender a papéis que a sociedade talha como tipicamente feminino.

A mulher no Antigo Testamento


Dorcas, a costureira generosa
O Universo Bíblico feminino, dependendo do momento enfocado, oscila entre o BEM  e o MAL.    Destacam-se no Antigo Testamento figuras ímpares como: 
SARA – que espera em  DEUS e obedece a Abraão. A Bíblia, em Gênesis 12:11, diz que Sara era mulher formosa à vista. Sua beleza ia além da física, pois era espiritualmente bela, leal, correta, submissa a seu esposo. Sua obediência trouxe-lhe, por vezes,  sofrimento e desesperança; sua fé e confiança irrestrita em DEUS a tornaram mãe quando a idade já lhe havia tirado a esperança da maternidade.  

 DÉBORA, profetisa e Juíza em Israel - no que era uma exceção - famosa pelo episódio com Baraque e Sísera – julgando-o por sua covardia ante a exigência de que ela, Débora, o acompanhasse no ataque e captura do inimigo. 

HADASSA que passou para nossa historia pelo nome de ESTHER, judia e profetisa que tornou-se Rainha, esposa de Assuero ( Rei da Pérsia – também conhecido como Xerxes, sucessor de Ciro ) foi graças ao seu amor e sua fidelidade, para com o rei, que conseguiu salvar o seu povo de ser exterminado. 

RUTH, que era nora de Noemi, sua fiel companheira, mantem-se ao seu lado quando ela mais precisava, amando-a e honrando-a por atos e palavras, tornando-se exemplo de grande fidelidade fraternal.

  JAEL - Ao ler Juízes 4 e 5, descobrimos a história de uma mulher decidida e corajosa, cujo nome, Jael, significava "cabra selvagem ou montês", que foi considerada bem-aventurada, pois, com leite e água, atraiu e matou o inimigo de seu povo. Assim foi aclamada: “ Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber o quenita".... ( 5:24- 27)

Dentre as mulheres do Antigo testamento, ressalta-se, como anti-heroinas: 

A RAINHA DE SABÁ – Visitou o Rei Salomão, trazendo-lhe muitos presentes em ouro e preciosidades. Maravilhou-se ante a beleza e suntuosidade  do Templo e,  com o Rei de Israel, a quem pôs à prova por sua decantada sabedoria. Cheia de admiração viveu, com Salomão,  um caso de amor, tendo  retornado para seu reino grávida do amado, deu-lhe um  filho que  foi chamado de Menilek. Pelos escritos sobre a rainha, concluiu-se que era negra e de rara beleza.

DALILA – uma Filistéia do Vale de Soreque, amada por Sansão, a quem traiu, revelando a origem de sua força,  entregando-o nas mãos de seu povo. Por essa traição, ela recebeu vultosa recompensa.( Juizes, capítulo 16). 

JEZABEL - Idólatra, dominadora, perversa e perseguidora de santos. 

VASTI -  Rainha, insubmissa ao marido e ao Rei, perdeu a coroa e o marido. 

HERODIAS também chamada HERODÍADES-  adúltera e assassina de santos, através de sua filha, Salomé, obteve autorização de Herodes e mandou matar João Batista, exibindo sua cabeça numa bandeja de prata, num bacanal realizado no palácio real.

A mulher no Novo Testamento

Maria, nossa Mãe
MARIA, a mais forte personalidade feminina do Novo Testamento. Nascida em Nazaré, na Galiléia é a Santíssima Mãe dos católicos e escolhida por Deus para ser mãe de seu filho Jesus. Filha dos nazarenos Joaquim e Ana, seu pai era sacerdote israelense em Nazaré e descendia de Davi e de Ruth, de cuja descendência, conforme a profecia, viria o Messias.

Por influência de sua educação monástica, recebida sob a tutela de Zacarias, seu tio, demonstrou grande interesse pelos rolos de papiros das Escrituras Sagradas, guardados na sinagoga, onde eram lidos e discutidos nas reuniões semanais dos judeus de Nazaré. Assim foi desenvolvendo um extremo senso de religiosidade e ganhado a crença de que Deus a escolheria, dentre as mulheres, para uma missão divina aqui na Terra.

 Seu Magnificat, ou cântico de louvor ao Criador, entoada por ocasião de sua visita à prima Isabel, demonstra seu amor e devoção a Deus. Iniciando com Jesus a sua missão, conforme relato bíblico do primeiro milagre – Bodas de Canaã - seguiu-o durante sua vida pública de pregação (27-30 D. C.). Sofreu com ele sua paixão, vendo-o morrer crucificado.  Após a morte do filho, permaneceu em contato com os seus discípulos e mantendo uma vida de orações. Constantemente recebia as caravanas de peregrinos que vinham para estar com ela,  ouvirem e conhecerem seus relatos sobre seu Divino e tão amado Filho! É tradição cristã que morreu aos 72 anos de idade. O louvor a MARIA é chamado de culto MARIANO.

Outras figuras femininas destacam-se no relato bíblico do Novo Testamento, entre elas:

ISABEL, a mulher humilde, mãe de João Batista,  prima de Maria e que a saudou como bem aventurada, enquanto seu filho estremecia em seu ventre. 

MADALENA – A mulher transformada e a quem o Nazareno apareceu ressuscitado. 

A CANANÉIA,  que era uma mulher gentia - grega, siro-fenícia de sangue – Uma mulher de fé e perseverança, que leva Jesus a modificar seu plano de ação, curando a sua filha, muito embora as Escrituras dissessem da vinda do Salvador para sarar os filhos doentes de  Israel. 

A SAMARITANA – A mulher evangelista que leva aos seus companheiros a novidade da presença do Cristo e os convence de suas arguições. 

TABITA OU DORCAS, a viúva generosa, rica em boas obras e esmolas que dava, foi ressuscitada por Pedro em Jope (Atos do Apóstolos 9, 36,42).

 A mulher na pré- História

Escultura pré-histórica
Em nossa viagem imaginária, em busca da mulher, a encontramos na pré-história, desnudada de sua aura bíblica; tornara-se um ser renovável em si mesma, para sobreviver à força bruta da natureza. A fertilidade é a sua característica marcante, a sua capacidade de gerar torna-a uma figura central – não principal - mas em volta de quem ergue-se um halo de divindade.

A evolução faz a mulher conservar-se mais tempo  em um mesmo lugar, para proteger o filho recém-nascido, aumentar a força de defesa, de trabalho  e o grupo. Com seus cuidados, a mulher pré-histórica inicia a mudança na rotina nômade do “homem”. Assim, por sua natural aptidão para a maternidade, torna-se a responsável pela descoberta da agricultura, iniciada com a colheita dos frutos, provocando o que seria o princípio da fixação do homem à terra. 



A mulher no Egito

Cleópatra, a rainha grega do Egito
Num outro olhar, buscando o Egito antigo, a história surpreende-nos pelo registro de que a mulher gozava de igualdade com o homem, possuindo os mesmos direitos, podendo adquirir bens, fazer contratos, casar, divorciar. Todavia, alguns autores na atualidade, entre eles Gay Robins, contrariam tais afirmativas, conservando, entretanto, a informação de que às mulheres caberia gerar, curar, manter o equilíbrio e, de certa forma, uma vida social diferente das demais.

A mulher mais famosa do Egito e quiçá do mundo, foi, sem dúvida, CLEÓPATRA, a rainha grega do Egito, nascida em Alexandria e que “se enviou enrolada num tapete a Júlio César”, envolvendo-o em sua teia de sedução, conquistando seu coração e um aliado, para alcançar o desejado trono egípcio.

Em Alexandria, no ano de 37 A.C,  envolveu-se com Marco Antônio – general e governador da porção oriental do Império Romano -  que também sucumbiu ao seu amor. Cleópatra, mulher de grandes paixões, deu-lhe dois filhos e ,  sob sua proteção, recebeu de volta territórios egípcios conquistados pelo Império Romano.

Todos os escritores antigos concordavam em reconhecer a sua conversa "fascinante", a sua bonita voz, a habilidade e a sutileza de sua linguagem". Ela falava seis idiomas, conhecia bem a história, a literatura e a filosofia gregas, era uma negociadora astuta e, ao que parece, uma estrategista militar de primeira ordem. Tinha também uma grande habilidade para cercar-se de uma atmosfera teatral.

Dona de uma personalidade forte, foi casada com seus irmãos – Ptolomeu 13 (morto em 47 AC) e Ptolomeu 14 (morto em 44 AC). Teve dois grandes amores e quatro filhos é, também, retratada como uma mulher preocupada com o luxo da corte e com a vaidade. Sua determinação e inteligência tornaram Cleópatra a mulher mais famosa de todos os tempos, entretanto a decantada beleza o foi por autores posteriores, o que coloca sob suspeita tais registros. .


A MULHER  NA GRÉCIA


Palas Athena
Se lançarmos um olhar ao berço de nossa civilização, voltando a Grécia clássica vamos encontrar a mulher sempre definida como inferior ao homem. A história registra que Platão, grande filósofo, matemático, tendo como mentor Sócrates e por pupilo Aristóteles, autor de “O banquete”, tratava fluentemente de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento, "rendia, diariamente, graças aos deuses por ter nascido homem e não mulher, livre e não escravo."

Apesar da democracia ateniense, a mulher, em pouquíssimas ocasiões vinha a publico, vivia restrita ao gineceu, com suas escravas, onde realizava a distribuição da matéria prima para fiar e tecer suas vestes, de pouca importância social, não lhes era permitido acompanhar os homens em suas reuniões, deixando seus lares apenas por ocasião de festas religiosas .

 A jovem, na família, recebe instrução rudimentar, cozinha, borda, cose e canta, casa-se conforme a vontade paterna. A mãe de família é completamente sujeita ao marido; este, antes de morrer, pode escolher-lhe um segundo esposo; é considerada apenas como a primeira entre as escravas e pode ser, sem formalidade alguma, repudiada pelo marido. A posição da mulher na Grécia antiga traduz-se bem na estultice de Fílon de Alexandria , por exemplo, o qual opõe o "intelecto masculino" à "sensação feminina."O homem pensa, a mulher sente.


Helena e Paris - estopim de uma guerra
Todavia, nos palácios, nos templos, a mulher revelava-se por sua beleza e divindade, capaz de destruir exércitos, selar alianças, causar guerras, ser portadora de respostas às inquietações masculinas, através de oráculos. 

A mitologia grega registra, com ênfase, HERÓFILA que era uma sibila oriunda de Marpesso, na região de Tróia e dali para Delfos, onde proferia seus oráculos, sobre uma rocha.

Foi Herófila quem predisse a guerra de Tróia, anunciando que uma mulher chamada Helena seria a responsável por ela. Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa HELENA DE TRÓIA (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Reza a história que o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática e tomou-se de paixão por Helena, raptando-a. Helena, por sua beleza e fatos que a cercam repercute de forma a tornar-se sinônimo do arrebatamento Grego. A Ilíada, poema épico, Homerico, focaliza os acontecimento míticos-lendários em torno de Tróia, Menelau, Helena, Páris e do cavalo de madeira, como sinônimos de paixão e logro,  respectivamente.

A mulher continua seu percurso histórico na Idade Média, chegando a Idade Moderna e a Idade Contemporânea, nos levando a realizar um novo mergulho em busca de vultos marcantes.

Mas isso é uma outra história...


 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Memes e Dâmocles - o fio continua


Vocês sabem o que significa MEMES ? Todos nós, ainda que não tenhamos consciência do fato, de alguma forma já tivemos contato com eles. Refiro-me aos MEMES, cujo vocábulo origina-se do grego MIMENE: que significa imitação, repetição. 
Do ponto de vista social a nova ordem impõe o conhecimento como moeda de troca. Hoje, a produção intelectual se dá na espantosa velocidade da internet. Multiplicam-se as redes sociais, as janelas para a informação. Todavia, esta multiplicidade não assegura aos interessados a lisura das informações e/ou a utilidade dos conhecimentos produzidos.

A mobilização, a incessante produção de notícias que, sem pedir licença, invadem as nossas vidas, nossas casas, manipulam ideais, submetem-nos a ditadura do “atual”, daquilo que sem  legitimar sua ascensão, toma conta das cidades, das pessoas, assumindo uma notabilidade sem sentido.

Ora, em muitas ocasiões não há como definir o porquê do crescente interesse das pessoas. A reiteração da notícia torna-se um multiplicador  eficaz porquanto a dissemina, ignorando fronteiras, cobrando da sociedade, o conhecimento e o acompanhamento da novidade que pode até ser uma mentira, uma iniqüidade mas que, em razão da desmedida repetição, assume o status de inegável, imprescindível.

Tal comportamento não é privilégio da nossa época. A Grécia, berço da civilização ocidental, nos legou a  idéia  conceitual de mimene como uma resultante da imitação continuada  na geração de imagens. Mimesis (μίμησις de μιμεîσθαι),mimene ou mimese, no universo grego, significando imitação, repetição ou representação.
 
Por toda a história da Humanidade há o relato de situações que surgiram do nada, estenderam-se para todos os lados, mostraram uma força  passional e do mesmo modo desvaneceram-se e desapareceram, sem deixar saudades.  

Alguém já registrou que a comprovação, por assim dizer, do evento MEMES, tão remoto quanto a vida humana está intrinsecamente relacionadoscom a evolução cultural. Memes são, portanto,  informações reiteradas que, como os vírus, infectam o nosso pensamento, afetam o nosso comportamento, e se propagam de cérebro em cérebro, formando nossa cultura. Assim, o meme é o gene cultural que se reproduz.

As convocações por faceboock, os torpedos, os orkut, situações vãs pulverizadas na internet fascinam os conectados do mesmo modo que a mídia – para muitos, o 4º poder. Os meios de comunicação, pródigos em criar heróis, através de replicantes citações que transformam amenidades em algo vital, dão ao acontecimento ares quase que patológicos, pois tais “memes” privam os sentidos, norteiam interesses, mudam os hábitos e desvirtuam a realidade, notadamente, naquilo que seria a visão crítica, capaz de selecionar e reduzir inocuidade a sua real condição. 

Recentemente a Paraíba foi tomada por sentimento comum, apenas visto em época de copa do mundo, onde a Pátria é o País de Chuteiras, em virtude ter surgido, aparentemente sem qualquer razão, uma celebridade nacional: aquela que não viu, ouviu, participou, cantou, se emocionou ou simplesmente viveu sua vida recatada de estudante PORQUE ESTAVA NO CANADÁ, superando até mesmo a Carolina de Chico Buarque, para quem a vida passou na janela e somente a musa não a viu.

É isso mesmo, falo de Luíza, que de repente virou "estrela", ganhou os blogs, os sites, as revistas, chamadas em rede por todo o Brasil, no horário nobre e, será que alguém explica tal fenômeno? Não, é possível uma explicação convincente para tal, não há como prever que tal frase, tal imagem, tal música, tal personagem de  uma novela, um filme, ganhe status de vírus, invada sem distinção os cérebros de jovens, adultos, crianças, idosos, intelectuais, pessoas simples, igualando-os na mesmice.

Tamanha é a possibilidade de qualquer um transformar-se em celebridade instantânea, que sequer os famosos escapam aos insights. Assim, a cena em teatro de Nova York, que foi transmitida ao vivo pela televisão e já está na rede, informa que, em busca da eleição, "Obama solta a voz".  O presidente entonou trecho de 'Let's Stay Together', notícia que está sendo repetidamente veiculada. Só nos resta esperar que a reprodução não se torne febre, com aparente prazo de validade e/ou razão de ser.

Registra a sabedoria popular a dificuldade ou mesmo a impossibilidade de se recolher penas jogadas ao vento, como alusão aos efeitos de um boato. A web modificou conceitos, massificou o alcance e a potencialidade de tais ocorrências,  tornando as Memes, o fio que segura a espada, o que nos leva à conclusão de que continuamos sob o peso da espada de Dâmocles ! Sequer precisamos desagradar a alguém, faz-se suficiente que o fato ou o ato a que demos causa agrade aos permanentemente de plantão e dispostos a repeti-la – a ocorrência – até a exaustão.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ainda Dâmocles

Aos possíveis leitores, a minha sugestão é que não devemos nos satisfazer com  simples questionamentos, mas fazê-los, analisando as prováveis respostas, estabelecendo pontos de sustentação e contradições, de forma que as respostas satisfaçam, ainda que por momento, a nossa sadia curiosidade.

Assim pensando, a proposta reflexiva da Espada de Dâmocles será sempre atual, senão vejamos: vivemos no limite entre a permissividade e a proibição. Ao tempo em que abrem-se os porões de antigos órgãos de repressão, oportunizando um mergulho num passado recente, blindam-se políticos preocupados exclusivamente com o seu crescimento pessoal, maquiando um presente constrangedor.

Diuturnamente a imprensa explora a propaganda oficial com grandes campanhas publicitárias, onde a máquina Estatal explode em cores e realizações bombásticas, invariavelmente, “favoráveis” à população. Surge, então, uma incômoda sensação, aquela que insiste em fazer cócegas no nosso imaginário, a pergunta que não quer calar: Por que realizações contínuas, de grande porte e tão benéficas não traduzem melhoria de vida às comunidades?

Ora, a história parece-nos repetida, inspirada, talvez, não nos ideais e sim no modelo da Revolução Francesa, onde, não obstante o idealismo, quase lírico, de Georges Jacques Danton - advogado e Político Francês com cargo de advogado no Conselho do Rei em 1787; Jean-Paul Marat - médico, filósofo, teorista político, cientista, jornalista autor da expressão “inimigo do povo”; Maximilien François Marie Isidore de Robespierre - advogado e político francês; Lucie-Simplice-Camille-Benoist Desmoulins - advogado, jornalista e revolucionário e Mirabeau, Conde e Revolucionário, aliados a pessoas simples ou não, elite pensante ou mesmo cidadãos ou cidadãs de baixo intelecto, apoderaram-se dos destinos da nação, tornaram-se afiados tal qual a lâmina da guilhotina, enfileiraram-se, sempre prontos a fazer Justiça, conforme seu entendimento.

Fazendo memória recente, temos “heróis” que assumem cargos eletivos, elevam-se a uma suposta condição de “salvadores da pátria”, paladinos ou coisa igual , censuram seus antecessores, tecem ao redor de seus opositores um tecido negro de incompetência e corrupção, exorcizam-os nos altares da mídia e, contraditoriamente, o que se vê, o tempo todo, é autopromoção, narcisismo, o culto ao eu sozinho.

Em recente artigo na Revista Época, o Jornalista Eugênio Bucci registra que “O esporte da autopromoção consentida é a única unanimidade da política brasileira”. Resta ao eleitor concordar, discordar, ou criticar de forma consciente, à luz da atualidade, a conclusão a que chegou o jornalista.

A afirmativa é real a partir do momento em que acessamos o nosso consciente e descobrimos que há muito enxergamos tais fatos e nos deixamos levar pela inércia. Se pudéssemos discordar seria tão somente para desculpar a nossa displicência, a nossa relação simbiótica com nossos políticos, eles, fingindo realizações e nós simulando  créditos inexistentes. Há, ainda, a chance de criticar no sentido de partejar, tirar de dentro de nós o que realmente significa a “descoberta” do jornalista.

Em verdade os que pretendem permanecer na política buscam a mídia com todas as forças, formam um grupo coeso, apenas se desentendem e criticam  seus pares quando as atitudes de um invadem os interesses de outro.

A espada de Dâmocles pende sob as cabeças dos governantes - podem rolar ou não -, sob as cabeças dos cidadãos politizados,  com a certeza de que algumas rolarão e, como um pêndulo, diverte-se sobre todos nós, que somos pressionados pela incerteza, pela insegurança, pela ausência de saúde pública, por todos os males do presente; que, ironicamente, nos impulsiona ao reverso da medalha ditado pelo instinto da sobrevivência, pela necessidade de amar e de sorrir. É quando surge a Fênix que habita em cada um de nós.


 


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A espada de Dâmocles


Algumas expressões utilizadas rotineiramente em ambientes acadêmicos se tornaram, nos tempos atuais, praticamente desconhecidas, muito embora tragam consigo um conteúdo moral e/ou um fundamento ético. Assim, a despeito da substância  que a  defina vemos, por vezes, a perda de importantes legados culturais à humanidade. 

Assim, na atualidade, onde a informação, rotineiramente, ocorre em velocidade vertiginosa, depende, quase sempre, de acesso à internet. Há, porém uma ressalva a ser feita: A qualidade do conhecimento. A rede oferece toda uma gama de subsídios: valiosos, úteis, inócuos, produtivos, perniciosos, passageiros , permanentes, para ser visto à sós, a dois, em grupos ou ser simplesmente vista e/ou lida.

Garimpar à procura de algo que acrescente conhecimento é, verdadeiramente uma viagem em busca de cultura, seja de outros povos,  épocas, realidades, momentos históricos, religião, mitologia, filosofia, civilização, artes, sociedade, literatura. Os aspectos que a sociedade humana revela são infinitos, assim como infinita é a sua capacidade de renovar-se.

A escolha da expressão "Espada de Dâmocles” não foi por acaso. Vivemos sob pressão. Por mais que a realidade possa nos confundir com atenuantes, chances, esperanças, há sempre a sensação de desistência, de descrédito , de que é tarde demais. Não fôssemos  animais gregários, diuturnamente em busca de respostas; insistentemente voltados a resgatar a essência de nossa criação,  certamente não haveria para nós, sequer a possibilidade de nos  surpreendermos com a fênix que habita cada um de nós.

Assim, partindo de uma anedota moral - bem diferente do contexto atual para anedotas – surge uma demonstração, sagaz, dos bônus e ônus do Poder que tem o seguinte desenrolar:


A ESPADA DE DÂMOCLES -


Dâmocles é uma figura participante de uma história moral que faz parte da cultura grega clássica. A personagem pertence mais propriamente a um mito que figurou na história perdida da Sicília, escrita por Timaeus de Tauromenium entre 356 a 260 anos antes de Cristo. Cícero pode tê-la lido no Diodorus Siculus  e fez uso dela em suas Tusculan Disputations V.61 - 62.

Conta-se pois que Dâmocles, era um cortesão bastante bajulador na corte de Dionísio I de Siracusa - um tirano do século 4 A.C, na Sicília. Ele dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio era verdadeiramente afortunado. Então,  Dionísio ofereceu-se para trocar de lugar com ele apenas por um dia, para que ele também pudesse sentir o gosto de toda esta sorte.

Assim, à noite, um banquete foi realizado onde Dâmocles adorou ser servido como um rei e não se deu conta do que se passava por cima de si. Somente no fim da refeição ele olhou para cima e viu uma espada afiada suspensa por um único fio de rabo de cavalo, directamente sobre a sua cabeça. Imediatamente perdeu o interesse pela excelente comida e pelas belas mulheres ou eunucos que o rodeavam e abdicou de seu lugar dizendo que não queria mais ser tão afortunado.

A espada de Dâmocles é assim uma alusão, frequentemente usada, para representar a insegurança daqueles com grande poder que podem perdê-lo de repente devido a qualquer contingência ou sentimento de danação iminente. (Fonte:wikipedia.org).


 A Grécia com seus mestres na arte de ilustrar a vida através de relatos épicos, dramas, comédias, sátiras, mitologia, criou deuses, semi-deuses, monstros, heróis, sendo, historicamente o seio de onde brotou Sócrates, o Pai da Filosofia e, fonte inesgotável de conhecimentos, passível de nos proporcionar momentos indescritíveis.